A noite se acalmou,
E na sua quietude, escondem-se os sonhos.
E, ao longe, levantou-se a lua
Com seus olhos fitando o tempo.
Acompanha-me, ó filha dos campos,
Até o vinhedo dos enamorados.
Talvez o vinho
Abrande o calor da saudade.
Ouve o rouxinol
Que espalha seu canto nestes vales
Banhados pelo hálito
Perfumado das colinas
Não tenhas medo, minha pequena,
As estrelas calam o que vêem,
E, no vinhedo, a bruma noturna
Acoberta os segredos.
Não tenhas medo.
Ebria*, a noiva dos gênios
Dorme em sua gruta mágica,
Quase oculta dos olhos das fadas.
E se o apaixonado rei dos gênios,
Por aqui passar,
Saudoso se afastará
Sem revelar a nossa paixão.
*Ebria: exaltado
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