segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Questão de Tempo - Por Domingos de Oliveira

 
 
O tempo passa como um rato na sala. Ou será que o tempo não passa, nós é que passamos por ele? As mulheres têm horror a esse tipo de filosofia, sobem em banquinhos quando ratos aparecem. Têm certeza que o tempo comporta-se muito mal em passar! Uma menor ruga ou a primeira daquelas coisas imperceptíveis que elas chamam de celulite, o mundo vem abaixo. A queda das bundas é sofrida a milímetro a milímetro, desde os 17. As idades são frequentemente mentidas, tolice. Todo mundo tem a idade que tem! A nossa sociedade é que mitifica e prioriza a juventude porque os jovens compram mais na butiques. Doces criaturas! Se soubessem o quanto os homens, pelo menos os de verdade, têm má vista para esses detalhes... Embora Rodin, o escultor, tenha dito que o clímax da beleza feminina é um momento antes da perda da virgindade, depois os traços já apresentam sinais de "fadiga da paixão". Isso é realmente ofensivo, reneguem o nome de Rodin! Joguem-no aos infernos para todo o sempre! Não importa aquele beijo bonito que ele esculpiu. Mas é só Rodin. Que os homens, de modo geral, apreciam as mulheres dos 8 ao 80... O notório interesse masculino nas jovens está, na verdade, concentrado na sua vitalidade, brilho, frescor, para dizer numa palavra tudo, tesão. E inocência, para uma jovem é possível ensinar muitas coisas, fora dela e na cama: não só o poder é afrodisíaco, o magistério também é. Ele jamais pergunta quantos anos ela tem. Há outras coisas que eles aprenciam: um certo, digamos, saber fazer. Em qualquer idade. E nessa matéria, o correr dos anos ajuda e melhora o amor. As mulheres são as guardiãs do amor, Eros mora na casa delas. 
Queridas leitoras, desculpem-me, eu sei que não tenho intimidade para chamá-las assim, mas sigam meu conselho: despreocupem-se, vocês são poderosíssima, nossos jardins das delícias! Nós comemos em vossas mãozinhas! Além do mais, são vocês que nos escolhem, não se permitam pensar o contrário. Para nós, resta apenas a tarefa de fazer gracinhas como este artigo, na esperança de ser o escolhido. Por mim mandava prender todas. Não propriamente prender, colocar em quarentena. Num lugar confortável, macio, bem guardado, com os muros BEM ALTOS. E eu... pularia o muro.
 
Retirado da Revista Gloss, não lembro a data, mas achei interessante!! Beijinhos!!!

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