É tarde! É muito tarde! Ó sonhos meus!
Diluídos, no tempo, pelo espaço;
deixados ao descaso, sem adeus,
na estrada sem regresso, passo a passo...
Nem meus olhos captaram, nos plebeus
e intensos véus, o mínimo cansaço,
nem eu, tristonho ousei, em preço a Deus,
levar-vos a homenagem de um abraço
No entanto, já passado tanto tempo
e bem perto prevendo o ato final,
cuido que inutilmente e a contratempo,
estruturei no próprio desencanto,
a doçura infinita do Ideal
na escuridão amarga do meu Pranto!
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